Conto

     Uma máquina do tempo o fez voltar para 29 de maio 1832. Ele não sabia o que vinha pela frente depois da máquina ser ativada. Ricardo, um garoto de 17 anos, sem saber onde estava e o que poderia fazer naquela época, olhava em volta procurando alguma pista. Ele viu um reinado, com casas e pessoas armadas, continuou observando para tentar entender em qual situação se encontrava, mas quando se deparou com aquele homem, já estava tudo claro. Ele viu Évariste Galois, um esplêndido matemático sentado ao lado de uma fonte, parecendo estar frustrado.

     Ricardo já imaginava que estava na França; entretanto, o que confirmou a informação foram vegetações coníferas, que são típicas do país. O menino tentou se aproximar de Galois, contudo uma manifestação entre republicanos e monárquicos o impediu de chegar perto. Ricardo queria falar com Galois para saber mais sobre o seu presente, ter uma conversa com o matemático.

         O jovem tentou descobrir a forma mais rápida de chegar a Galois, antes que perdesse a oportunidade única de conversar com o homem que ele tanto admirava. Ricardo encontrou um vão entre as pessoas e se enfiou para passar, mas acabou sendo empurrado pela multidão. Por sorte, havia um homem forte entre as pessoas que o ajudou a chegar até Galois. Então Ricardo finalmente conseguiu se sentar ao lado de Évariste e o cumprimentou:

    -Boa tarde Évariste Galois, por que você está com essa cara tão triste?
  -É que estou apaixonado por uma mulher, mas ela já está comprometida com um dos melhores atiradores da França. Agora ele está furioso comigo e eu não sei o que fazer.

    -Você não pode fazer nada?

    -Acho que não. Ele me desafiou para um duelo de espadas, mas eu não tenho habilidade suficiente para combatê-lo. Porém só há uma coisa que me resta, garoto. Vou registrar todo meu conhecimento matemático para que nunca possam ser desvendados e nunca sejam esquecidos, grita Galois.

     Ricardo percebeu naquele momento que o destino de Évariste Galois era esse, o agradeceu pelo seu conhecimento e o desejou boa sorte. Assim o tempo do menino no passado se esgota e ele volta para o presente, podendo contar essa grande aventura.